Historial

Iniciou as suas actividades em 1987. O Orfeão teve a sua origem numa época de grande incremento de iniciativas culturais no Concelho.Surgiu para preencher uma das várias lacunas existentes nesta área e em complementaridade das actividades musicais encetadas pela Filarmónica e pela Escola de Música, dinamizadas com o patrocínio da autarquia. Foi, assim possível, iniciar e promover a arte coral que nesse aspecto não o registava praticamente quaisquer tradições no nosso concelho e inscrito no INATEL sob o nº 4915. O seu repertório é constituído por peças de índole religiosa e profana, o qual tem vindo a ser laboriosa e permanentemente renovado. Teve a sua primeira apresentação pública no dia 23 de Abril de 1988, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, tendo sido geral o agrado manifestado pelos presentes. Foi o estímulo precioso para continuar em frente e consolidar o Grupo . A partir daí seguiram-se inúmeras actuações nos mais variados pontos do país, participando em encontros de coros, saraus culturais ou solenizando actos religiosos. Fastidiosa seria a enumeração, destacando-se, a título de exemplo, a gravação para o canal 1 da RDP e ainda a participação integrada nas comemorações do 1º de Dezembro, com a actuação no Palácio da Independência, em Lisboa e uma digressão pela Espanha, com várias actuações, onde colaborou numa gravação de um CD ao vivo No ano de 2006 gravou o seu próprio CD com repertório actualizado.Em 2007 promoveu as comemorações dos 20 anos da sua fundação e que tiveram como corolário um concerto conjunto com os coros D. Pedro de Cristo e Academia Martiniana de Coimbra, acompanhados pela Banda Filarmónica 25 de Setembro de Montemor o Velho, interpretando a missa em honra de Nossa Senhora do Sameiro da autoria do Cónego Manuel Faria.Em 2008 e pelos relevantes serviços prestados na área da cultura ao longo de 21 anos de actividades, foi-lhe atribuída pela Câmara de Mortágua, a "Medalha de Ouro de Mérito Municipal". Organiza anualmente o Encontro de Coros e um Concerto de Outono, participando com o Coral Juvenil e a Filarmónica de Mortágua no Concerto de Natal e/ou Ano Novo.Desde a sua formação e por um período de 15 anos, a regência esteve sob a responsabilidade do Dr. Adriano Ribeiro Matias, o qual com os vastos conhecimentos técnicos tornou conhecida a nossa colectividade no país e estrangeiro. De Setembro de 2002 a Julho de 2004, a regência esteve a cargo do nosso conterrâneo Engenheiro Nuno Manuel Batista Garrido. A partir de Janeiro de 2005, a regência está sob a responsabilidade do Prof. Francisco Neves que tem vindo a renovar o repertório e a enriquecer a vida do Grupo.

Curriculum do director artístico

Francisco Neves nasceu em 1969 e iniciou os seus estudos musicais aos dez anos de idade em Arganil, com o professor Antonino de Mendonça nas disciplinas de Piano e Formação Musical. Foi organista da Igreja Paroquial de Arganil entre 1983 e 1988, onde desenvolveu paralelamente um trabalho regular de direcção do Coro Litúrgico; em acções pontuais dirigiu coros de paróquias vizinhas e participou em espectáculos musicais e teatrais. Só em 1986 ingressou no Conservatório Regional de Castelo Branco e no ano seguinte continua os seus estudos musicais no recém criado Conservatório de Música de Coimbra.Em conjunto com os estudos musicais iniciou em 1987 o Curso do Instituto Superior de Estudos Teológicos de Coimbra. Até 1994 foi monitor de Educação Musical em vários Centros de O.T.L da cidade de Coimbra, ano em que foi convidado a criar, em colaboração com o Centro Paroquial S. Martinho do Bispo, uma Classe de Música na mesma instituição. No mesmo ano assumira já a Direcção do Coro Litúrgico da Igreja Matriz, o que lhe permitiu desde então interpretar música para a Liturgia, para qual de há muito se vinha a preparar em cursos e encontros de Canto Gregoriano, Polifonia e Música Litúrgica.Neste contexto foi, em 1999, membro fundador da Academia Martiniana - Associação Cultural que, na Freguesia de S. Martinho do Bispo e na cidade de Coimbra, desenvolve um trabalho pioneiro no ensino da música a crianças e jovens, com forte acento na música Religiosa de todos os géneros e estilos. Com a fundação da Academia Martiniana é simultaneamente criada a Revista da Academia Martiniana, publicação semestral de música religiosa que coordena desde o início.Desde 1987 foi elemento cantor em vários coros da cidade de Coimbra, nomeadamente do Choral Poliphonico de Coimbra, do Ensemble Vocal Ad Libitum e, desde 1995, do Coro D. Pedro de Cristo, nele colaborou na direcção artística. Em Junho de 2000 funda as Vozes Brancas da Academia Martiniana, que tem dirigindo desde então.É ainda elemento fundador do Choral Aeminium no ano de 2001, no qual, até 2004, foi corresponsável pela direcção artística. Em Janeiro de 2005 foi convidado a dirigir o Orfeão Polifónico de Mortágua. Desde o início da década de 90 até ao presente tem dedicado muito do seu tempo à composição de obras corais e orquestrais de música religiosa de carácter litúrgico, harmonizações e música de concerto. De entre os seus trabalhos destacam-se as obras em que mostra a viabilidade e funcionalidade da utilização da flauta de bisel em conjuntos orquestrais, quer na adaptação de obras de música antiga, quer na composição de obras originais.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

XIX Encontro de Coros do Orfeão Polifónico de Mortágua 2009

Realizou-se no passado dia 2 (sábado) o XIX Encontro de Coros, organizado pelo Orfeão Polifónico de Mortágua. Para além do grupo anfitrião, estiveram em palco o Coral Polifónico de Alter (Alto Alentejo), Grupo Coral da Assoc. Cultural e Recreativa de Dume (Braga) e Grupo Coral David de Sousa, Figueira da Foz. A excepção do coro figueirense, que se apresentou pela segunda vez em Mortágua, todos os outros visitaram pela primeira vez o concelho, representando diferentes regiões do País. Coube ao grupo da casa abrir o espectáculo, sob a regência do Prof. Francisco Neves. Com 27 elementos em palco, o seu programa incluiu temas populares portugueses e brasileiros, destacando-se dois temas da canção coimbrã, “Igreja de Santa Cruz” e “Coimbra é uma lição” e o fado “Foi Deus” que foi composto por Alberto Janes para a voz de Amália Rodrigues. Seguiu-se no alinhamento o grupo vindo de Alter do Chão, terra do cavalo lusitano. Apresentou um conjunto de 21 elementos, sob a direcção do Maestro Prof. Vítor Miranda. Executou temas populares de vários países e épocas e temas litúrgicos. Alter do Chão é um concelho relativamente pequeno, com cerca de 4 mil habitantes, daí o facto do grupo coral local integrar elementos do concelho vizinho do Crato. Estando próximo de Espanha, são frequentes os intercâmbios com grupos do país vizinho. O Grupo Coral de Dume (terra de S.Martinho de Dume), sob a direcção artística do Dr. António da Costa Gomes, apresentou-se com 22 coralistas. O repertório consistiu essencialmente em música popular erudizada, tendo alguns temas arranjos do Maestro Manuel Faria, uma figura sonante da nossa música sacra e profana, que deixou uma grande produção musical, desde missas, concertos, sinfonias, sendo no entanto um nome relativamente esquecido. Finalmente subiu ao palco o Coral David de Sousa, com 38 elementos. Dirigido pelo Maestro Adelino Martins apresentou um repertório constituído por temas de raiz folclórica, clássicos do cinema, como o “Edelweiss” do filme “Música no Coração” e “El Reloj”, de Roberto Cantoral, que sofreram arranjos adequados à sua interpretação por grupos corais. Deixou bem vincada a sua extraordinária categoria, dispondo de um naipe de vozes femininas muito alargado que lhe dá dimensão vocal e visual. O tema final, a famosa canção napolitana “O Sole Mio”, foi a cereja em cima do bolo, com o público de pé a tributar um demorado aplauso. Assistiu-se como habitualmente a um agradável serão cultural, com belíssimas vozes, canções eternas e de diferentes géneros musicais, executadas no estilo particular de cada grupo, mas todos eles sublimando a beleza e versatilidade da voz pura e simples. No final do Encontro e como é da praxe, procedeu-se à entrega de ramos de flores aos Maestros e de lembranças aos grupos convidados. Antes de partirem rumo às suas terras, os coralistas foram brindados com um lanche, no salão superior, que serviu para estreitar laços de amizade e constituiu animado convívio, não faltando as cantigas de despedida. “O gosto pelo canto, a amizade e a satisfação pelo convívio, são as únicas formas de compensação destes grupos corais”, parafraseando a apresentação de um dos grupos, uma realidade que é comum a todos os grupos corais deste País. A maioria dos coralistas não tem formação musical mas encontrou na música coral o seu espaço de lazer, de encontro, de partilha, de cidadania. Uma última nota para o público, apenas algumas dezenas de pessoas. O futebol na televisão, a Queima das Fitas, o fim de semana prolongado, com muita gente a ir de férias, terão contribuído para essa fraca adesão, mas não há que desistir, a música coral está viva e recomenda-se. Lembramos que o Orfeão Polifónico de Mortágua tem a funcionar uma Escola de Canto para todos os interessados, de todas as idades.

Fonte: Câmara Municipal de Mortágua

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Repertório:


A Canção do Pescador: letra e música: Fernando Moutinho/arr. Mário de S. Santos.
Alvorda na Roça: pop. do Brasil/Lúcia Vila Lobos.
Ay linda amiga:
Balaio: Hector Villa Lobos.
Canção do Mar: Ferrer Trindade/adapt. Fransico Neves.
Cielito Lindo: letra e música: A. Varela/P. A. Fernandez/arr. Adelino Martins.
Coitadinho: pop. arr. Manuel Faria.
Coimbra é uma Lição: Raul Ferrão/José Galhardo, adapt. A. R. C.
Come with me: Yolan Trabsky.
Coro das Maçadeiras: pop. Minhoto/Manuel Faria.
El grilo: Josquin Desprez.
Eu Hei-de Subir ao Alto: pop. arr. Manuel Faria.
Foi Deus: Alberto Janes/adapt. Fransico Neves.
Igreja de Santa Cruz: adapt. Simão Barreto.
Já lá Vão as Três Marias: pop. da Beira Baixa/harm. Francisco Neves.
Luar do Sertão: Catullo Cearence/adapt. Fransico Neves.
Nesta rua tem um bosque: arr. e harm. Adelino Martins.
Nossa Senhora da Póvoa: pop. da Beira Baixa/Harm. M. Sousa Santos.
Ó Mar Alto, Ó Mar Alto: pop. das Beiras/arr. Manuel Faria.
Ó Minha Mãe venha ver: pop./harm. Fernando Lapa.
Padre Franscico: pop. Brasil/Hector Villa Lobos.
Senhora D’Aires: pop. harm. Lopes Graça.
Trai-Trai: pop. Minhoto / Manuel Faria.

Sacro:

Alegrem-se os céus e a terra: pop./harm. Fransico Neves.
Ay mi Dios: D pedro de Cristo.
A Terra inteira: P. Benjamim Salgado.
Ave Maria: Jacob Arcadelt.
Cantava em nossas campinas: harm. Fransico Neves.
Embalo: J. Brahms/arr. Manuel Faria.
Missa em honra de Nossa senhora de Sameiro:
-Kyrie;
-Glória;
-Credo;
-Sanctus;
-Benedictus;
-Agnus Dei; Manuel faria.
Janeiras: pop. da Beira Alta/Manuel Faria.
Noite Feliz: harm. Manuel Faria.
Povo Teu S0mos: Loys Bourgeois/harm. Fransico Neves.
Senhor, tu és o Pão: G. Kirbye/harm. D. Stefani.
Vamos a Belém: pop./harm. Manuel Faria.